quarta-feira, 16 de novembro de 2011

JOGADOR DE FUTEBOL AMERICANO E FEMINISTA


O ex-jogador de futebol americano Don McPherson se apresenta como feminista. Em várias de suas palestras, ele diz que é feminista faz tempo: “Prestamos um desserviço aos homens quando dizemos pra eles que são menos homens por se importarem com assuntos de gênero”.
Entre outras coisas, Don sempre fala de violência doméstica, e insiste que os homens precisam parar de fingir que o tema não é com eles. Afirma ele: “Não criamos meninos para serem homens. Criamos meninos para não serem mulheres ou homens gays”.
E adorei esta parte (minha tradução) de um de seus discursos. Ele descreve como uma relação sexual hétero é vista pela sociedade (e isso que os americanos não adotam termos ridículos como dar e comer, que torna as mulheres invariavelmente passivas, já que mulheres dão, homens comem):
É assim que sexo é apresentado para meninos – não é intimidade, não é a parte do carinho ou a parte igualitária que tiramos, é algo que fazemos ao outro. Criamos mulheres para sobreviver numa cultura de estupro, porque criamos mulheres que sabem dessas coisas. Não fazemos nada para falar com os homens sobre estuprar. Mas falamos com as mulheres para elas se protegerem, o que faz com que coloquemos a culpa nas mulheres quando algo acontece. 'Bem, você não sabia que não devia ter feito isso? Você não sabia que não podia usar aquele vestido? Ou você não sabia que não podia andar naquela rua naquela hora da noite?'
Pois é, em vez de educar meninas para não serem estupradas, que tal educar meninos para não estuprarem?

E que tal se mais homens fossem feministas?

.

Fonte: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil avança na igualdade de gênero, mas é o penúltimo entre sul-americanos

bannersgenderreport300_wef_folhasp(Folha de S.Paulo/O Globo) O Brasil tem hoje uma presidente mulher e o rendimento do trabalho feminino vem aos poucos aumentando, mas o país continua mal posicionado no ranking mundial da igualdade entre homens e mulheres. Segundo a lista divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, na América Latina só o Suriname está pior que o Brasil.

O Brasil subiu três posições no ranking de igualdade entre os sexos, mas continua na parte de baixo da tabela composta por 135 países, ocupando a 82ª posição. Entre os chamados "Brics" (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), a Índia é o país com o pior desempenho. O relatório "Gender Gap 2011" - que mede as disparidades na remuneração de trabalhadores dos sexos masculino e feminino, além de uma série de outros indicadores sociais, como acesso à educação e à saúde - mostra que 85% dos países avançaram em termos de igualdade nos últimos seis anos.
The Global Gender Gap Report 2011
The Global Gender Gap Report 2011: Rankings and Scores

Em parte a melhora da posição brasileira deve-se à eleição da presidenta Dilma Rousseff e à oscilação positiva na renda das mulheres em comparação com a dos homens que exercem a mesma função.

Paradoxalmente, é na atuação política que o Brasil apresenta seu pior desempenho: fica em 114º - apenas 21 países são piores; a maioria deles, islâmicos.

"A participação das mulheres na força de trabalho [no Brasil] ainda é de 64%, abaixo da dos homens (85%). E elas são só 36% dos legisladores, autoridades públicas de primeiro escalão e gerentes", afirma o documento. "O que elas ganham ainda está abaixo de dois terços da renda dos homens; e no Congresso, são apenas 9%."

O Brasil vai bem nos quesitos acesso à saúde e expectativa de vida e fica no meio da lista em educação (66º) e em oportunidade econômica (68º).


Fonte: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2257:02112011-brasil-avanca-na-igualdade-de-genero-mas-e-o-penultimo-entre-aul-americanos&catid=44:noticias



.