Sociedade quer mais mulheres no poder!
Captar a percepção da população brasileira sobre a importância da participação de mulheres em espaços de poder e de decisão. Com este objetivo, o Instituto Patrícia Galvão realizou, emfevereiro de 2009, a pesquisa de opinião Mulheres na Política. Trata-se de uma pesquisa inédita,
de abrangência nacional, com aplicação de questionário estruturado com mais de 25 perguntas, realizada pelo Ibope Inteligência com uma mostra representativa da população adulta brasileira.
A análise dos dados foi realizada pela Cultura Data / TV Cultura.
O apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República para a realização desta pesquisa está em sintonia com o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que prevê como política de Estado o “Fortalecimento da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão”. O PNPM foi elaborado com base nas análises e recomendações resultantes da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Promovida em 2007, essa Conferência envolveu mais de 200 mil mulheres, em conferências municipais e estaduais realizadas em todo o país, e que culminaram na Conferência Nacional, ocorrida em Brasília e que teve como um dos seus temas centrais a participação das mulheres nos espaços de poder.
Brasil continua atrás no ranking das mulheres na política, Levantamento divulgado pela União Interparlamentar (UIP) em setembro de 2008 indica que as mulheres eram apenas 9% na Câmara Federal brasileira, contra 56,3% em Ruanda (único país onde as deputadas são maioria), 47% na Suécia, 43,2% em Cuba, 41,5% na Finlândia e 40% na Argentina.
A baixa representação política feminina, que coloca o país no 142º lugar entre 188 nações, contrasta com o protagonismo das mulheres na sociedade brasileira, como ocorre nas áreas econômica, cultural e social. Diversos estudos têm demonstrado que a exclusão das mulheres das instâncias formais da política é um freio ao desenvolvimento socioeconômico dos países. O pesquisador José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), analisou dados internacionais que comprovam que existe uma correlação entre a baixa participação feminina no poder Legislativo e o grau de pobreza de um país.
PRINCIPAIS RESULTADOS
9 em 10 brasileiros votariam em mulheres. Perguntados se votariam em uma mulher, 94% dos entrevistados responderam afirmativamente e 59% declararam que dariam seu voto para mulheres em qualquer cargo.
Maioria acha que aumentaram as candidaturas femininas na última década Esta percepção não varia por sexo. Este crescimento é mais percebido para cargos municipais: vereadoras e prefeitas.
Maior presença feminina na política traz ganhos para democracia e sociedade. Do total de entrevistados, 83% disseram que a presença de mulheres melhora a política e os espaços de poder e de tomada de decisão. Este resultado deixa no ar uma pergunta fundamental: diante de tal unanimidade, por que há tão poucas mulheres na política? Entre os prefeitos e deputados federais, no Brasil, as mulheres são apenas 9%, quando elas representam 51,7% do eleitorado (TSE, 2008).
Maioria defende lei de cotas e punição a quem não a cumprir. Diante desse cenário tão favorável às mulheres na política que é mostrado pela pesquisa, o que mais chama a atenção é justamente a ausência feminina na política. A Lei nº 9.504, de 1997, determina que cada partido político reserve um mínimo de 30% e um máximo de 70% de suas candidaturas para cada sexo. Contudo, essa lei – conhecida também como “lei de cotas na política” ou “política de cotas” – não estabelece punições aos partidos transgressores.
A Pesquisa Ibope – Instituto Patrícia Galvão mostra que a maioria dos entrevistados não sabia da existência dessa lei (72%); porém, uma vez informados, 75% se disseram favoráveis a ela – sendo que a aprovação é ainda maior (84%) entre os moradores de cidades pequenas, com até 20 mil habitantes - e 86% defenderam punições aos partidos que não a obedecem.
A expectativa por uma maior presença feminina na política é reforçada no fato de que metade dos entrevistados acredita que a legislação eleitoral deve determinar uma cota de 50% de candidaturas de mulheres no curto prazo, isto é, em cinco anos.
85% acreditam que, em 20 anos, haverá muito mais mulheres eleitas. Além disso, metade dos entrevistados espera que as cotas a cargos eletivos cheguem a 50% de mulheres em cinco anos.
Sociedade espera outras políticas de promoção da igualdade no curto prazo .Uma porcentagem ainda maior (entre 50% e 62%) espera que em curto espaço de tempo (em cinco anos) novas leis possam ser adotadas para a promoção da igualdade em vários aspectos da vida familiar e no trabalho.
FONTE: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/politica/pesq_mulherepol.pdf
de abrangência nacional, com aplicação de questionário estruturado com mais de 25 perguntas, realizada pelo Ibope Inteligência com uma mostra representativa da população adulta brasileira.
A análise dos dados foi realizada pela Cultura Data / TV Cultura.
O apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República para a realização desta pesquisa está em sintonia com o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que prevê como política de Estado o “Fortalecimento da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão”. O PNPM foi elaborado com base nas análises e recomendações resultantes da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Promovida em 2007, essa Conferência envolveu mais de 200 mil mulheres, em conferências municipais e estaduais realizadas em todo o país, e que culminaram na Conferência Nacional, ocorrida em Brasília e que teve como um dos seus temas centrais a participação das mulheres nos espaços de poder.
“Esta centralidade se justifica pela necessidade e importância desta participação como
ação transformadora das estruturas de poder e das instituições, e também da cultura e
das mentalidades, gerando novas relações sociais.No que se refere às mulheres, esta participação torna-se ainda mais fundamental pelasituação desigual e discriminatória que vivenciam, sendo essencial para a elaboração das leis e para a implementação de políticas públicas que promovam a igualdade e a eqüidade de gênero.” II PNPM, capítulo 5, p. 115.
ação transformadora das estruturas de poder e das instituições, e também da cultura e
das mentalidades, gerando novas relações sociais.No que se refere às mulheres, esta participação torna-se ainda mais fundamental pelasituação desigual e discriminatória que vivenciam, sendo essencial para a elaboração das leis e para a implementação de políticas públicas que promovam a igualdade e a eqüidade de gênero.” II PNPM, capítulo 5, p. 115.
Brasil continua atrás no ranking das mulheres na política, Levantamento divulgado pela União Interparlamentar (UIP) em setembro de 2008 indica que as mulheres eram apenas 9% na Câmara Federal brasileira, contra 56,3% em Ruanda (único país onde as deputadas são maioria), 47% na Suécia, 43,2% em Cuba, 41,5% na Finlândia e 40% na Argentina.
A baixa representação política feminina, que coloca o país no 142º lugar entre 188 nações, contrasta com o protagonismo das mulheres na sociedade brasileira, como ocorre nas áreas econômica, cultural e social. Diversos estudos têm demonstrado que a exclusão das mulheres das instâncias formais da política é um freio ao desenvolvimento socioeconômico dos países. O pesquisador José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), analisou dados internacionais que comprovam que existe uma correlação entre a baixa participação feminina no poder Legislativo e o grau de pobreza de um país.
PRINCIPAIS RESULTADOS
9 em 10 brasileiros votariam em mulheres. Perguntados se votariam em uma mulher, 94% dos entrevistados responderam afirmativamente e 59% declararam que dariam seu voto para mulheres em qualquer cargo.
Maioria acha que aumentaram as candidaturas femininas na última década Esta percepção não varia por sexo. Este crescimento é mais percebido para cargos municipais: vereadoras e prefeitas.
Maior presença feminina na política traz ganhos para democracia e sociedade. Do total de entrevistados, 83% disseram que a presença de mulheres melhora a política e os espaços de poder e de tomada de decisão. Este resultado deixa no ar uma pergunta fundamental: diante de tal unanimidade, por que há tão poucas mulheres na política? Entre os prefeitos e deputados federais, no Brasil, as mulheres são apenas 9%, quando elas representam 51,7% do eleitorado (TSE, 2008).
Maioria defende lei de cotas e punição a quem não a cumprir. Diante desse cenário tão favorável às mulheres na política que é mostrado pela pesquisa, o que mais chama a atenção é justamente a ausência feminina na política. A Lei nº 9.504, de 1997, determina que cada partido político reserve um mínimo de 30% e um máximo de 70% de suas candidaturas para cada sexo. Contudo, essa lei – conhecida também como “lei de cotas na política” ou “política de cotas” – não estabelece punições aos partidos transgressores.
A Pesquisa Ibope – Instituto Patrícia Galvão mostra que a maioria dos entrevistados não sabia da existência dessa lei (72%); porém, uma vez informados, 75% se disseram favoráveis a ela – sendo que a aprovação é ainda maior (84%) entre os moradores de cidades pequenas, com até 20 mil habitantes - e 86% defenderam punições aos partidos que não a obedecem.
A expectativa por uma maior presença feminina na política é reforçada no fato de que metade dos entrevistados acredita que a legislação eleitoral deve determinar uma cota de 50% de candidaturas de mulheres no curto prazo, isto é, em cinco anos.
85% acreditam que, em 20 anos, haverá muito mais mulheres eleitas. Além disso, metade dos entrevistados espera que as cotas a cargos eletivos cheguem a 50% de mulheres em cinco anos.
Sociedade espera outras políticas de promoção da igualdade no curto prazo .Uma porcentagem ainda maior (entre 50% e 62%) espera que em curto espaço de tempo (em cinco anos) novas leis possam ser adotadas para a promoção da igualdade em vários aspectos da vida familiar e no trabalho.
FONTE: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/images/stories/PDF/politica/pesq_mulherepol.pdf
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